Alta do PIB da Construção
Foto / GoogleEssa é a quarta alta consecutiva, já que construção vem desempenhando muito bem o seu PIB nos últimos 12 meses.
Apesar de uma relativa estabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre do ano — recuo de 0,1% se comparado com os três meses anteriores —, a construção civil foi um dos setores da economia que registrou crescimento do indicador durante o mesmo período. De acordo com dados divulgados ontem (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o avanço foi de 2,7%. Essa é a quarta alta consecutiva, já que construção vem desempenhando muito bem o seu PIB nos últimos 12 meses.
Os números apontam para a retomada das atividades de maneira consistente, obviamente dependendo do desempenho da questão fiscal e turbulência política. (Ver gráfico abaixo)
Outros dados
Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de investimento no segundo trimestre de 2021 foi de 18,2% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,1%). Já a Capacidade de Financiamento alcançou R$ 81,4 bilhões ante R$ 35,7 bilhões no segundo trimestre de 2020. O aumento é explicado, principalmente, pelo crescimento no montante de R$ 55,1 bilhões no saldo externo de bens e serviços.
Fonte: CBIC / Senai
Fonte: Caged
Fonte: Jornal O Estado de SP.
Este gráfico mostra o nível record de Financiamento Imobiliário atualmente, inclusive comparado com o período de grande crescimento dos anos 2006 a 2012.
INCC Cede e Reduz Variação
Fonte: IBRE / FGV
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) perdeu força em agosto e variou 0,56%. Pela primeira vez em vários meses, a variação dos últimos 12 meses do índice apurado reduziu: passou de 17,35% para 17,05%.
Conversando com os fornecedores de materiais de construção, como aço, cimento e demais insumos, todos são unânimes em afirmar que a variação acentuada dos preços está ficando para trás, e teremos uma inflação mais controlada nos próximos meses.
Já é nítida a cadeia de suprimentos em situação mais normalizada, com materiais chegando dos fabricantes em períodos dentro do padrão histórico.
Apartamentos Compactos = Mais Retorno
Fonte: Jornal O Estado de SP.
Fonte: Secovi-SP
Em pouco mais de uma década, o tamanho médio dos apartamentos em São Paulo reduziu 27%, segundo dados do Secovi-SP.
E são as unidades com 1 e 2 dormitórios que mais reduziram o espaço. Passaram em média de 55 m2 em 2009, para 33 m2 em 2019.
E os apartamentos compactos são também os mais populares. Eles correspondem a mais de 60% dos lançamentos e vendas na Capital, entre Janeiro e Agosto de 2021.
Por isso mesmo são também mais rentáveis, tanto do ponto de vista da venda, e mais ainda no retorno de locação.
Em média, os apartamentos entre 35 a 50 m2 de área útil, tem o mesmo valor de locação por m2 entre sim. O que faz os valores serem maiores ou menores não é o tamanho, mas sim a localização do prédio, e a estrutura do condomínio.
Studios e apartamentos compactos de 2 dormitórios são os mais desejados pelos compradores em SP.
A Força do Novo Mercado Imobiliário
O número startups brasileiras do segmento imobiliário, conhecidas como proptechs e construtechs, chegou a 527 neste ano, segundo mapeamento da plataforma de inovação aberta Distrito. Entre janeiro e julho de 2021, elas levantaram US$ 879 milhões (R$ 4,77 bilhões) em investimentos de venture capital, mais de quatro vezes o valor registrado em 2020.
São negócios que estão ampliando as maneiras possíveis para comprar, alugar, reformar e construir um imóvel.
Além disso, também temos a consolidação das empresas do Mercado Imobiliário, como a compra do Zap/Viva Real pelo grupo OLX, por R$ 2 bilhões. E a recente aquisição da fintech CrediHome pela Loft, por um valor multimilionário não divulgado.